segunda-feira, 25 de outubro de 2010

I SEMANA DA DIVERSIDADE SEXUAL | UFJF e Seminário de encerramento do projeto EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA

Projeto Educação Sem Homofobia | GEL – Grupo de Encontro das Lésbicas – MGM
De 27 a 29 de outubro de 2010 | ICH – UFJF e MGM – Movimento Gay de Minas


PROGRAMAÇÃO:
Quarta-feira 27/10

18h - Mesa de abertura e Palestra "Movimento LGBT e Universidade", com Prof. Dr. Marco Aurélio Máximo Prado (UFMG) - anfiteatro da reitoria da UFJF.

  

Quinta-feira 28/10

Exibição de curtas e fotografias (cantina do ICH/UFJF)

10h – Oficina do Jogo “E Ai? Do Projeto Educação Sem Homofobia” (ICH/UFJF – sala 1312)

14h – Roda de conversa em LIBRAS (ICH/UFJF - sala 1603)

15h – Vídeos comentados: “Muito Prazer!” e "O Móbile: Admiração" (ICH/UFJF – sala1603)

17h30 – Oficina com o Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual - GUDDS! (ICH/UFJF – sala 1603)





Sexta-feira 29/10

09h – Relato dos projetos de intervenção das/os cursistas do projeto Educação Sem Homofobia (ICH/UFJF – sala 1310)

14h – Roda de Conversa "Homofobia no contexto escolar"  (ICH/UFJF – sala 1603)

15h – Roda de conversa entre capacitadoras/es e cursistas do projeto Educação sem Homofobia (ICH/UFJF – sala 1603)

17h – Oficina “Maria Maria Mulheres em Movimento – Coletivo Feminista UFJF” (ICH/UFJF – sala 1603)

18h30 – Café

19h - Conferência de Encerramento: "Perspectivas e impactos de uma Educação sem Homofobia" com o Prof. Dr. Fernando Seffner (Auditório da reitoria)

22h – Festa da Diversidade (Hall interno do ICH anexo à cantina) – artistas convidadas: banda Relicária, as cantoras Uiara, Laís Barros, Carol Tavares, a percursionista Mari Meirelles e a DJ Kel Souza.





Sábado – no MGM - 30/10

13h – Sabatina das/os cursistas do projeto Educação Sem Homofobia com o GEL – Grupo de Encontro das Lésbicas

14h – Feijoada da Diversidade – com a DJ Kel Souza





Obs.: Inscrições gratuitas – Serão emitidos certificados.

Endereços:

       ICH/UFJF – Cidade Universitária – Marmelos

       MGM – Movimento Gay de Minas – Rua São Sebastião, 345 – Centro



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Menino, mulher, menina, quais são os teus mistérios?

A primeira coisa que procuro ao chegar é pelos seus olhos... Pois foi esta a primeira das muitas portas de sua casa que abri, a qual imediatamente levou-me para um outro lugar, desconhecido, misterioso e encantador.
Maldito esse seu trabalho, onde você precisa ser simpática com Deus e o mundo inteiro para que todos fiquem cada vez mais com vontade de ir até o balcão do seu bar, lhe entregando a comanda e “pedindo mais uma”, com os olhos voltados para você inteira, desejando intimamente que você viesse como cortesia da casa.
Malditos olhos castanhos, que sempre me tiram o rumo.
Tudo em você é charme, mistério, encanto, o modo que você coloca os lábios quando sorri, a forma como ajeita a franja tentando enganar quem esta ao seu lado e lançando o olhar pra quem bem tenha vontade.
O jeito de menina do interior, fingindo não estar deslumbrada com a cidade grande, a forma como você parece não ter medo de nada nem ninguém, olha a todos como se dissesse: não vem pra cima de mim, senão eu te atropelo, mostra-se petulante, parece cheia de certezas, não passa de uma menina.
Malditos sentidos esses meus que sempre enxergam tão alem, tua fantasia de menino não pode esconder de mim essa linda mulher que se esconde dentro desse coração, ao contrario só fizeram aumentar as minhas fantasias, o desejo de te desejar sem pudor, sem medo, sem segredo.
Gritei por você sem ao menos saber teu nome, teu endereço, teu estado de espírito, tuas crenças, divindades, defeitos, qualidades, sem saber se eras solteira, casada, enrolada, galinha, eu só quis te querer desde o primeiro instante em que avistei teus olhos castanhos que parecem guardar todas as tardes de por do sol.
A minha real vontade era expulsar todos daquele lugar, trancar as portas, desnuda-la e fazer amor contigo, talvez de forma jamais consentida por ti, fazer-te mulher, despindo de ti esta alma de menino, esse jeito de moleque que a vida te impôs, tornar-te minha, sem jamais deixar você voltar para outro lugar ou alguém.
Meus sonhos te acompanharam pelas noites onde restava-me a incerteza de que você pertencia a outro alguém.
Tudo era de um mistério grandioso e lindo, até a realidade chegar, deixando claro em mim por mais uma vez que nada daquilo que desejo de fato me vem de forma fácil, tranqüila. Nunca foi assim, não seria diferente com você, descobri teu nome, teu estado civil, tua vida quase que por completo, e assim restou-me mais uma vez escrever, desenhando meus desejos nestas palavras, sufocando minha vontade não em tuas curvas, mas nessas vírgulas que não pausam nada alem de frases, não pausam minha vontade de te ver, de te conquistar, mesmo sabendo que o caminho não será fácil, duvidando que valha a pena arriscar muito mais por um encantamento como estes.
Sempre “paguei pra ver”, mas neste caso, sinceramente, acho que vou preferir mesmo ficar apenas com este texto, que dedico a você, ao meu menino, mulher, menina, guardando a vontade de minhas mãos em desvendar todos esses segredos e mistérios escondidos atrás desta tua fantasia.
D.S.L

Por Elaine de Jesus

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Arrazou!!!


* DE SÃO PAULO

A cantora Wanessa (ex-Camargo), que acaba de alongar os cabelos, vai usar uma regata com a frase "Todo Mundo É Igual" no show que fará no sábado na boate gay Flexx, em São Paulo.

A filha de Zezé Di Camargo decidiu apoiar publicamente a união civil de homossexuais.

"Acredito que em breve a lei sobre união civil entre iguais seja aprovada em nosso país. Será um exemplo de cidadania. O amor não tem raça, cor ou sexo, o amor simplesmente te arrebata", diz.

Wanessa também negocia com a The Week, outra casa noturna gay de São Paulo, uma temporada de shows.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta quinta-feira (30). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

* Fonte e link da reportagem http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2010/09/30/cantora-wanessa-alonga-cabelos-e-adere-a-movimento-pelo-casamento-gay.jhtm

sábado, 25 de setembro de 2010

O Medo

Houve um tempo em que eu temia muito ser descoberto na minha
homossexualidade. Entre os adolescentes que compunham o meu círculo,
ser gay era uma desonra e, invariavelmente, junto com a descoberta de
nosso desejo homossexual encontramos o armário, o closet, o fechar-se
em segredo. Por medo, vergonha, insegurança.

Sob a ameaça constante da espada da culpa, na minha juventude aprendi
a me esquivar do assunto e das pessoas homossexuais. Quando a vida me
encurralava e me conduzia ao assunto, reagia com rispidez. Não gostava
de brincadeiras que me associassem aos estereótipos gays, não pela
orientação sexual em si, mas pelo risco de ser desmascarado em meus
desejos íntimos e ter meu segredo exposto.

Nesse clima de insegurança, cresci me escondendo de mim, me anulando a
partir da opinião dos outros. Adequando meus sonhos aos limites das
minhas mentiras, ofuscando fragilidades, alardeando virtudes e
administrando a dor surda de quem não diz tudo. Um amadurecimento
tenso, que privilegiava aparências. E se por um lado eu não queria ser
visto, por outro me exibia em talentos que compunham o personagem
hetero e não me colocavam em risco.

Estabeleci de tal forma distância do mundo gay que passei a ignorá-lo,
a desconhecê-lo. Só bem mais tarde, quando achava que estava seguro o
suficiente, decidi me olhar de perto, sair do escuro e partir ao
encontro de mim e fui conhecer o mundo gay: as boates, as pessoas, as
relações. Catava informações soltas no ar, ficava atento aos
comentários fortuitos, às piadas e ia construindo um mapa pessoal da
cena gay de Belo Horizonte na qual me aventurava em atrevidas
escapadas noturnas eventuais.

Cada visita era uma aventura. Ruas escuras, ambientes sinistros e o
medo de um flagrante, de encontrar alguém conhecido ou, pior, quem me
reconhecesse. Nesse sentido, as filas nas calçadas, diante das boates
ou festas gays, eram vitrines de dissimulados se arriscando à
revelação pública e suas consequências. Lá dentro, entretanto, tudo se
perdia em olhares, sedução e testosterona.

Medo. Viver minha homossexualidade significava desafiar o medo.
Significava conhecer um mundo novo, se apropriar de outros códigos,
redefinir o meu personagem e aproveitar a chance de começar de novo,
de viver uma adolescência tardia, de ser senhor de minhas próprias
censuras e me libertar finalmente da tutela das opiniões alheias.

Camisinha sempre!
Oswaldo Braga
18/09/2010


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Reunião GEL - 25/09/2010 - 18:00hs

Pauta:

*Resoluções da pasta de comunicação e cultura para desenvolvimento do jornal para Semana UFJF (Educação sem Homofobia)

* Demais discuções e divisões de tarefas para demais pastas

25/09/2010 - Sabado 18:00 hs.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Somos todos iguais!

Este é um caminho devastador e perigoso, foram estas as palavras! Para entende-las mais profundamente recorro ao dicionário, para ter real noção do quanto elas me assombraram, ou para traduzir o que elas dizem e assim verificar se é de fato verdade.
Não é um caminho fácil, disso não me defendo, muitas vezes solitário, noutras cercado de espinhos, incompreendido pela maioria, de difícil aceitação entre os queridos, e assustador a quem o destino lhe faz seguir. Porem é algo não escolhido, não optado, tão pouco sonhado por quem o vivi, é doloroso muitas vezes ver olhos tortos, envergonhados diante de uma condição imposta pela vida.
Com toda a verdade dentro de mim defendo-me dizendo que ninguém escolhe ser pobre, feio, burro, rejeitado, ninguém esta disposto a estar por “baixo” seja lá qual for a situação, difícil para qualquer ser humano ter que abaixar “a crista” diante de uma maioria gritando e te apontando como um erro. Por mais que nos outros caminhos você se posicione com dignidade, honestidade e compaixão, sempre terá alguém para apontar o que muitos chamam de “defeito”.
Este é um caminho devastador e perigoso, foram estas as palavras!
De fato não é o caminho mais belo, comparado à grinalda no altar.
Deus! Talvez seja por essa condição que lhe peço perdão há quase toda hora, muitas vezes me julgando indigna do teu amor, da tua misericórdia e dos teus olhos voltados a mim. Ninguém sabe quantas vezes já me perguntei: será que esse coração errante é devido a esta escolha da qual eu não tive chance de escolher? Será que este amor que procuro é mais um de meus sonhos, talvez a maior de todas as minhas utopias, pois por ser um amor entre iguais, talvez o maior dos pecados, como muitos julgam.
Jamais lutei contra minha essência, a não ser nas vezes que tentei ser diferente, nunca quis ser outro ser, mas que culpa tenho eu se meu desejo de amar se realiza entre iguais, entre formas equivalentes a minha.
Rodopio diante destes pensamentos, muitas vezes eles me acompanham nas madrugadas afora onde não festejo, mas na cama não consigo dormir.
Dura escolha não sendo minha. Duro caminho, mas sendo este o único pelo qual me imagino feliz, mesmo que para tantos outros, queridos, seja motivo de preocupação, vergonha e porque não dizer asco.
Perdi as contas de quantas pessoas já perdi por nua diante delas confessar essa minha condição, dói perder pessoas bem quistas por falta de tamanha incompreensão, dói ser rejeitada, dói não contar com uma conversa amiga ou com colo de mãe quando tudo acaba.
É um caminho devastador e perigoso! Foram estas as palavras!
Devastador é o mesmo que ruína! Portanto é mentira, pois o que mais quero é construir, não prédios, ou grandes fortunas, impérios, mas sim uma vida feliz, com tudo o que os ditos “normais”, ou quem até melhor que eles constroem, quero ter como base não o poder ou o dinheiro, mas o respeito, a esperança e o amor acima de tudo.
Perigoso é o mesmo que prejudicial! Outra inverdade, pois se já fiz mal, foi com o coração destituído dessa intenção, afinal “quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, prejudicial é este mundo doente, essas mentes pequenas, que sem vida, só pensam em matar, roubar, destruir, enquanto penso em simplesmente viver, sorrir e ser feliz da forma que der, da forma que assim Deus quiser que aconteça.
É um caminho! Essas sim são as verdadeiras palavras, e como alguns dos caminhos da vida, que tomam rumos próprios, como se preciso fosse acontecer, não digo ser um fado, mas sim um aprendizado, não só para aqueles que os protagonizam, como também aos demais que se esquecem, que perante Deus, como Ele mesmo afirmou: “somos todos iguais!”
D.S.L

por Elaine de Jesus


"I Semana da Diversidade Sexual" - ICH - UFJF(Educação sem homofobia)/MGMGEL/GAG

Preparem-se!!! Já, já toda a programação!!!
Realizada pelos alunos de Psicologia do Projeto Educação sem Homofobia da UFJF, MGM/GEL e GAG